Intróito Como uma casa velha, gemo... Traçados nas paredes, pinturas desfeitas no tempo!
Epílogo Sou uma casa velha desbotada do tempo passado. Paredes em ruínas, lodo salpicado nos muros, desenhos disformes nos terraços. Portas com rangidos do vento que passa, janelas enegrecidas dos asfaltos, ferrolhos travados, persianas mudas jardins desfeitos, quintais desfraldados...
Sou uma casa velha destelhada e murcha! Sem cor, esmaecida de amanheceres tardios. Sem novidade, envolta nas madrugadas veladas. Sem música, esquecida dos gritinhos e risadas calados de crianças crescidas...
Sou uma casa velha... Sou uma alma velha... Casa e alma entremeadas nos sonhos que passam de olhos e janelas semi-abertos. Como uma casa velha, estremeço a cada onda de vazios que me assalta! Como uma alma velha, adormeço nas contas de rosário que entre dedos se me passam.
Sou velha, uma casa sem alma, uma alma velha... À espera do que é o destino de todas as construções... vir a pó!!! Abrir lugares aos novos! Retirar-se em fotografias pintadas a sono e tédio - Imagens meio sépias de uma alma sem casa nem mesmo que seja uma velha e triste casa.
Intróito
ResponderExcluirComo uma casa velha, gemo...
Traçados nas paredes,
pinturas desfeitas no tempo!
Epílogo
Sou uma casa velha
desbotada do tempo passado.
Paredes em ruínas,
lodo salpicado nos muros,
desenhos disformes nos terraços.
Portas com rangidos do vento que passa,
janelas enegrecidas dos asfaltos,
ferrolhos travados, persianas mudas
jardins desfeitos, quintais desfraldados...
Sou uma casa velha
destelhada e murcha!
Sem cor, esmaecida de amanheceres tardios.
Sem novidade, envolta nas madrugadas veladas.
Sem música, esquecida dos gritinhos e risadas calados de crianças crescidas...
Sou uma casa velha...
Sou uma alma velha...
Casa e alma entremeadas nos sonhos que passam
de olhos e janelas semi-abertos.
Como uma casa velha,
estremeço a cada onda de vazios que me assalta!
Como uma alma velha,
adormeço nas contas de rosário que entre dedos se me passam.
Sou velha, uma casa sem alma, uma alma velha...
À espera do que é o destino de todas as construções... vir a pó!!!
Abrir lugares aos novos!
Retirar-se em fotografias pintadas a sono e tédio -
Imagens meio sépias de uma alma sem casa
nem mesmo que seja uma velha e triste casa.
Feliz Aniversário!
Vanessa, 6/abril/2011.