quarta-feira, 31 de outubro de 2012

MOMENTO LENINE

Miedo

Lenine

Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da
Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da
El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor
Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá
Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá
O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar
Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da
Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá
O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor
El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar
Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo
Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão
Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Medo... que dá medo do medo que dá


Mais Além
Lenine

A leste das montanhas da nação Cherokee
Um índio na motocicleta cruza o deserto
Ao longe o cemitério onde dorme o pai,
Mas ele sabe que seu pai não está ali,
É mais além
Mais além)
A linha que separa
O mar do céu de chumbo
A gaivota caça o peixe radioativo
O náufrago retém a última miragem
E morre como se continuasse vivo
É mais, é mais além
(Mais além)
Um pouco de exagero, não é nada demais
Um olho nas estrelas, outro olho aqui
O astrônomo lunático
Brincando com o sol
Descobre que a distância
Não é mais que um cálculo
É mais, é mais, é mais além
(Mais além)
A lua metafísica na poça de lama,
Ponteiros que disparam
Ao contrário das horas
Hora de saber o que mudou em você,
Que olha no espelho e não vê ninguém
É mais, é mais, é mais, é mais além
(Mais além)
O homem sobre a areia como era no início
Roçando duas pedras, uma em cada mão
Descobre a fagulha
Que incendeia o paraíso
E imaginou que havia inventado Deus
É mais, é mais, é mais, é mais, é mais além
(Mais além)


Candeeiro Encantado

Lenine

Lá no sertão
Cabra macho não ajoelha
Nem faz parelha
Com quem é de traição
Puxa o facão, risca o chão
Que sai centelha
Porque tem vez
Que só mesmo a lei do cão...

É Lampa, é Lampa, é Lampa
É Lampião
Meu candeeiro encantado
Meu candeeiro encantado...

Enquanto a faca não sai
Toda vermelha
A cabroeira
Não dá sossego não
Revira bucho
Estripa corno, corta orelha
Quem nem já fez
Virgulino, o Capitão...

É Lampa, é Lampa, é Lampa
É Lampião
Meu candeeiro encantado
Meu candeeiro encantado...

Já foi-se o tempo
Do fuzil papo amarelo
Prá se bater
Com poder lá do sertão
Mas lampião disse
Que contra o flagelo
Tem que lutar
Com parabelo na mão...

E é Lampa, é Lampa, é Lampa
É Lampião
Meu candeeiro encantado
Meu candeeiro encantado
Meu candeeiro encantado...

Falta o cristão
Aprender com São Francisco
Falta tratar
O nordeste como o sul
Falta outra vez
Lampião, trovão, corisco
Falta feijão
Ao invés de mandacaru

Falta a nação
Acender seu candeeiro
Faltam chegar
Mais Gonzagas lá de Exú
Falta o Brasil
De Jackson do Pandeiro
Maculêlê, Carimbó
Maracatu...

É Lampa, é Lampa, é Lampa
É Lampião
Meu candeeiro encantado
Meu candeeiro encantado
Meu candeeiro encantado...



A Gandaia Das Ondas

Lenine

É bonito se ver
Na beira da praia,
A gandaia
Das ondas que o barco balança.
Batendo na areia,
Molhando os cocares
Dos coqueiros,
Como guerreiros na dança.
Ó! Quem não viu, vá ver,
A onda do mar crescer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Seguidores