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sábado, 31 de agosto de 2013

HORTA - RUBEM ALVES


Uma horta é uma festa para os cinco sentidos. Boa de cheirar, ver, ouvir, tocar e comer. É coisa mágica, erótica, o cio da terra provocando o cio dos homens.

Cheguei de viagem e antes de entrar em casa fui ver a minha horta. O mato crescera muito. Mas minhas plantas também. O verde anunciava uma exuberância de vida, nascida do calor e das chuvas que se alternavam sem parar. O meu coração se alegrou. Pode parecer estranho, mas é pelo coração que me ligo à minha horta. Daí a alegria... Estranho porque para muitos a relação acontece através da boca e do estômago. Horta como o lugar onde crescem as coisas que, no momento próprio, viram saladas, refogados, sopas e suflês. Também isso. Mas não só. Gosto dela, mesmo que não tenha nada para colher. Ou melhor: há sempre o que colher, só que não pra comer.


Semente, sêmen

Horta se parece com filho. Vai acontecendo aos poucos, a gente vai se alegrando a cada momento, cada momento é hora de colheita. Tanto o filho quanto a horta nascem de semeaduras. Semente, sêmen: a coisinha é colocada dentro, seja da mãe/mulher, seja da mãe/terra, e a gente fica esperando, pra ver se o milagre ocorreu, se a vida aconteceu. E quando germina - seja criança, seja planta - é uma sensaçao de euforia, de fertilidade, de vitalidade. Tenho vida dentro de mim! E a gente se sente um semideus, pelo poder de gerar, pela capacidade de despertar o cio da terra.

Não é à toa que povos de tradições milenares ligavam a fertilidade da terra à fertilidade dos homens e das mulheres. Faziam suas celebrações religiosas em meio aos campos recém-semeados, para que o cio humano provocasse a inveja da terra, e ela também se excitasse para o recebimento das sementes. O cio dos homens provocando o cio da terra. Mas o inverso também é verdadeiro: o cio da terra pode provocar o cio dos homens...

Cio é desejo intenso, não dá descanso, invade tudo e provoca sonhos, semente que não se esquece do seu destino, vida querendo fertilizar e ser fertilizada, para crescer. Pois a horta é assim também. Não é coisa só para boca. Se apossa do corpo inteiro, entra pelo nariz, pelos olhos, pelos ouvidos, pela pele, toma conta da imaginação, invoca memórias...


Cheiração beatífica

Horta é coisa boa de se cheirar. Estranho o desprezo com que tratamos o nariz. Os teólogos de outros tempos falavam da “visão beatífica de Deus”. Mas nunca li, em nenhum deles, coisa alguma sobre “a cheiração beatífica de Deus”. Como se fosse indigno que Deus tivesse cheiros, que ele entrasse pelos nossos narizes adentro, por escuros canais até as origens mais primitivas do nosso corpo.

Pois, se eu pudesse, faria uma teologia inspirada na horta, e o meu Deus teria o cheiro das folhas do tomateiro depois de regadas, e também da hortelã, do manjericão, do orégano, do coentro. Essa coisa indefinível, invisível, que entra fundo na nossa alma e daí se irradia para o corpo inteiro como uma onda embriagante, o cheiro é a aura erótica do objeto, sua presença dentro de nós, emanação mágica por meio da qual nós o possuímos. Quem cheira fundo - e para isso até fecha os olhos, porque o cheiro vai mais dentro que os olhos - está dizendo o quanto ama...

E fico pensando nessa coisa curiosa: que a horta só seja percebida como produtora de coisas boas para comer. Isso só pode ser devido a uma degeneração do nosso corpo, de sua imensa riqueza erótica, à monotonia canibalesca que só reconhece o comer como forma de apropriação do objeto. Os cheiros moram na horta, e quem não se dá o trabalho de cultivá-la não pode ter a alegria de reconhecê-los. Há pessoas que se reúnem para ouvir música; outras pelo puro prazer do paladar. Mas ainda não se convidam pessoas para concertos e banquetes de perfumes. O mais próximo seria, talvez, convidá-las para passear pela nossa horta, e ali nos deliciar com a sua perplexidade na medida em que lhes oferecemos folhinhas para cheirar e lhes perguntamos: “Sabe o que é isto? Veja como é gostoso...“


Olhares para a vida

Horta é coisa boa de se ver.
Dizem os poemas sagrados que Deus Todo-Poderoso, depois de criar todas as coisas, parou, deixou cair os braços e foi invadido pelo puro deleite de ver a beleza de tudo o que existia. Ver é experiência estética, não serve para coisa alguma. Diferente do comer. Comer é útil. A mãe insiste com a criança: “Coma o espinafre, meu bem, ele faz você ficar forte.” O “ficar forte” justifica suportar o gosto ruim: é a utilidade da coisa.

Mas nada disso se pode dizer do ato de ver. Ver os espinafres, as couves, as alfaces, os tomates não é útil para coisa alguma, não serve para nada. Mas faz bem à alma. “Não só de pão viverá o homem”, diz o texto sagrado. Vivemos também das coisas belas.

Há o belo das cores: o vermelho dos pimentões, das pimentinhas ardidas, dos tomatinhos... Ah! Os tomatinhos... Falo daqueles pequenos, minúsculos, que não se encontram em lugar civilizado, não se vendem em feiras (quanto poderiam valer?). Mas eu os descobri numa velha fazenda, e não resisti à tentação de trazer uma mudas. Sua maior utilidade, além de serem redondinhos e vermelhos, é serem planta da minha infância. De modo que, na minha horta, eu tenho um arbusto mágico, que me leva através do tempo, e, quando eu os apanho e os como, sinto renascer dentro do meu corpo o corpo de um menino que mora nele.

Há o verde também dos pimentões, que se comprazem em brincar com as cores das cebolinhas, das alfaces, das couves, dos espinafres, da salsa. O amarelo das cenouras, e de novo dos pimentões (vocês já viram pimentões amarelos? São raros, brilhantes, maravilhosos. Eu até tive uma árvore de Natal enfeitada só com pimentões verdes, verrnelhos e amarelos). O roxo das beterrabas, dos rabanetes, das berinjelas. O branco dos nabos.

E ao ver essa abundância de cores imagino que a natureza é brincalhona, ela se compraz na exuberância e no excesso. E enquanto meus olhos vão andando pela variedade das cores, coisas vão acontecendo dentro de mim. Porque isso significa que elas existem dentro de mim. Se eu fosse cego para as cores, não me aperceberia de nenhuma diferença. O objeto que vejo revela um objeto que existe dentro de mim. Os olhos só vêem fora aquilo que já existe dentro como desejo. Tenho também um pé de ora-pro-nóbis, coisa de gente pobre, em Minas Gerais. Só vi referências a ele em dois lugares. Primeiro, no livro Fogão de lenha, de Maria Stella Libânio Christo, como uma receita culinária no meio de uma celebração de 300 anos de cozinha mineira, que vale pelo puro deleite de ler. E depois num poema de Adélia Prado - ela sabe muito bem do encanto das hortas. Ora-pro-nóbis, nome que parece responso litúrgico, é um arbusto que se planta uma vez na vida. Ele é tão amigo que fica lá, soltando folhas sem parar.

Pois é: uma festa. Cores e formas, tudo diferente, natureza brincalhona, artista, imaginação sem fim. Morangas gomosas; aboborões e abobrinhas; quiabos escorregadios; berinjelas roxo-pretas, engraçadas em tudo, até no nome; mandiocas carás de debaixo da terra; carás do ar, pendentes; inhames; chuchus; nabos redondos; nabos fálicos; alcachofras; folhas de todos os desenhos; alfaces; almeirão; acelgas; brócolis; couve; bertalha; repolhos brancos; repolhos roxos; agrião; espinafre. Diante desse esbanjamento de inventividade o jeito é o espanto, o riso e a gratidão de que este seja um mundo onde o enfado é impossível.


Sons e toques

Horta também é coisa boa de se ouvir. Ora, direis, ouvir a horta... Plantas não dizem nada, não cantam! Se fosse passarinho, ou o mar, ou as casuarinas, se compreenderia. Mas a horta? Horta é coisa calma e silenciosa. E isso é bom. Ouvir o silêncio.

As pessoas exigem sempre uma palavra. Têm medo de ficar quietas. Entram em pânico quando o assunto acaba, começam a falar bobagens só por falar, porque é melhor dizer besteira que ficar ali na presença do outro, sem nada dizer e sem nada ouvir.

Com as plantas é diferente. Elas nos tranqüilizam. Se quisermos falar com elas, tudo bem. Acho que gostam. Mas o melhor de tudo é que, ao falar com elas, não é preciso fingir, porque as plantas são extremamente discretas. Guardam os segredos com uma fidelidade vegetal...

E as hortas são também coisas boas de se tocar. Sentir o capim molhado, enfiar a mão na terra... Se você tiver a felicidade rara de ter uma agüinha que escorre e cai, você terá uma das experiências mais calmas que se pode ter. Ouvir o barulhinho da água. Ele trará memórias ou fantasias de regatos escondidos no meio do mato, correndo entre pedras, fazendo crescer o limo verde. E aí você enfiará seus pés dentro dela. Difícil um prazer igual pela tranqüilidade, pela pureza, pela profundidade. Porque a água nos reconduz às nossas origens.

E a terra. Não, não é sujeira. Terra preta com esterco: ali a vida está acontecendo, invisivelmente. Meu destino. Um dia serei terra, de mim a vida poderá nascer de novo. As crianças, sem que ninguém as ensine, sabem dessas coisas. Somos nós que dizemos que terra é sujeira, porque preferimos os carpetes assépticos e mortos e os pisos vitrificados onde mão nenhuma pode penetrar. Brincar com a terra, conquistar sua dureza, misturar o esterco esfarelado, senti-la leve e solta, esguichar a água. Ali, diante dos nossos olhos, uma metamorfose vai acontecendo, e a terra, de coisa estéril, dura, virgem, é agora mulher em cio, pedindo as sementes. Vamos abrindo os sulcos, canteiros, e neles colocamos a vida que o nosso desejo escolheu. Coisa gostosa. Estamos muito próximos de nossas origens. Nossos pensamentos ficam diferentes. Deixam de perambular pelos desertos de ansiedade e ficam cada vez mais próximos, colados à mão, colados à terra. Os pensamentos fantasmas voltam ao aqui e ao agora do corpo, passam a ser coisas amigas e alegres.

Segundo filósofos de outros tempos, tudo o que existe se reduz a quatro elementos: a terra, a água, o vento e o fogo. E ali estamos nós, mãos na terra, terra molhada, e a brisa sopra. Horta, pedaço de nós mesmos, mãe. Se compreendermos que ela é não só a nossa origem como também nosso destino, e se a amarmos, então estaremos amando a nós mesmos, como seremos. Não, não tenho uma horta para economizar na feira. Tenho uma horta porque preciso dela, como preciso de alguém a quem amo.


Sabores amigos

Há, por fim, o ato supremo de comer.
Comer: dizer que o que estava fora pode entrar, será bem recebido, eu o desejo, tenho fome. Para isso examino o que ainda não conheço, pois todo cuidado é pouco. Nem tudo é bom de se comer: há coisas de nojo e de vômito, venenosas e de morte. Provo a coisa: primeiro a aparência, a cor, o cheiro e, cuidadosamente, na ponta da língua, o gosto, para o veredito final - amigo ou inimigo... É assim que a criança aprende sua primeira lição sobre o mundo, mundo reduzido a coisas boas que devem ser engolidas e coisas más que devem ser vomitadas. Assim nasceu a ética, na boca, pois é ela a primeira a dizer “é bom”, “é mau”. E a sua sabedoria é imensa, pois o corpo é o grande juiz.

A horta é lugar de coisas boas para comer, ali onde se planta a amizade pelo corpo, onde se plantam os objetos do nosso desejo, que nos fazem alegres quando estão de fora e mais alegres ainda quando os colocamos na boca e dizemos: “Que gostoso...\" Sem saber, estamos afirmando nossa solidariedade com a terra. A horta é parte do meu corpo, do lado de fora, e é por isso que pode ser comida, entrar para dentro, transformar-se em vida, minha vida. Eu dou vida à horta, preparo a terra, planto as sementes, rego, elas vivem, e depois se oferecem a mim, através do meu desejo.

E como elas são brincalhonas. Jiló amargo, careta pra quem não está acostumado; o picante da pimenta; o duro amarelo adocicado da cenoura recém-arrancada da terra; o estranho gosto dos nabos obscenos; as ervilhas, brincalhonas e redondas; e a peça que os alhos e as cebolas nos pregam, fica o cheiro, evidência do crime...

E nós tomamos os frutos da horta e os transformamos pelo poder alquímico do fogo. Já disse dos quatro elementos dos sábios de outro tempo, terra, água, ar e fogo. Sem o fogo só podemos juntar as coisas, do jeito como a terra nos deu. Mas o fogo nos dá um outro poder, tudo fica diferente. Misturamos, alteramos, inventamos. No peixe branco e pálido, o vermelho do urucum, extraído da frutinha pelo poder do calor. vermelho pra excitar: na cor mora o quente. Junta-se mais: a cebola, os pimentões verdes e vermelhos, o tomate, o coentro. E a pimenta, magia estranha, ainda não entendi por que gosto dela. Talvez por ser metáfora de certos amores que de tão ardentes viram ardume, e machucam. E aí tudo junto, pelo poder do fogo, a moqueca, a horta transformada em culinária, em gosto inventado.

Comer é ato complicado, há nele uma mistura de amor e de destruição. As mandíbulas mastigando, infatigáveis, o movimento brusco da cabeça para frente e para baixo, boca aberta, para abocanhar o naco que o garfo espetou, as bochechas estufadas de comida. O ato de comer é como os sonhos - pode ser psicanalisado, porque revela nossos segredos de ódio e de amor, nosso nojo ou nossa voracidade, nossa mansidão ou nossa violência.

Ao comer nós nos revelamos. E nisto está a diferença entre a comida crescida na horta e a comprada na feira: na primeira está um pouco de nós mesmos - e ao sentir seu gosto bom é como se eu estivesse sentindo meu próprio gosto. “Eu plantei, eu colhi...\" O que está em jogo não é o tomate, a alface - é o eu que está sendo servido, disfarçado de hortaliça. A refeição fica meio sacramental. Come-se um pedaço da própria pessoa, que se oferece, de forma vegetal, num banquete canibal. “Tomai, comei, isto é o meu corpo. Tomai, bebei, isto é o meu sangue...”


Alegria do encontro

Pois é, horta é algo mágico, erótico, onde a vida cresce e também nós, no que plantamos. Daí a alegria. E isso é saúde, porque dá vontade de viver. Saúde não mora no corpo, mas existe entre o corpo e o mundo - é o desejo, o apetite, a nostalgia, o sentimento de uma fome imensa que nos leva a desejar o mundo inteiro. Alguém já disse que somos infelizes só porque não podemos comer tudo aquilo que vemos. Concordo em parte, pois há aqueles que vêem tudo, mas não desejam nada. Estão doentes, prisioneiros deles mesmos. Saúde: quando o desejo pulsa forte, cio por coisas amadas, e o corpo vai, em busca do objeto desejado - a horta podendo ser um pequeno (e delicioso) fragmento dos nossos maiores e infinitos desejos. O mundo bem poderia ser uma grande horta: canteiros sem fim, terra fértil, nossas sementes se espalhando, nosso corpo ressuscitando de sua grande e mortal letargia.

E penso esta coisa insólita: há lições de kama-sutra a serem aprendidas na horta, no despertar dos sentidos que ela provoca. O caminho da saúde, o caminho da libertação do corpo para copular com os objetos do desejo (e uso a palavra copular no seu preciso sentido gramatical de “fazer conexão” e também no sentido erótico de união entre duas pessoas que se querem e, por isso, se interpenetram, transgredindo os limites do próprio corpo) passa pelo caminho do despertamento erótico dos nossos sentidos adormecidos. A capacidade sutil de distinguir os perfumes, o olhar extasiado que diz, para a planta ou para a pessoa, não importa: \"Como é bom que você existe!”; o ouvido que tem a tranqüilidade para morar no silêncio, sem se perturbar; a pele que se deleita com o vento, com a água, com a terra; e a boca que sente o gosto da coisa como quem prova um vinho.

Uma horta é um bom lugar para começar. E pra continuar, até acabar. Seria bom saber que alguém colherá coisas que nós semeamos, depois da nossa partida, e as plantas continuarão, como um gesto nosso de amor.

(O quarto do mistério, Papirus, 1995)

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Il Cuore Non Si Arrende - Laura Pausini

Il Cuore Non Si Arrende

08 - IL CUORE NON SI ARRENDE

Odiami
Ridi anche di me
Butta via
Questa vita mia

Ma senza te
Cos'altro c'è
Puoi non amarmi
Ma torna insieme a me

Ti aspetterò
Finché vivrò
Ma perché
Questo cuore non si arrende

E i tuoi jeans
Io mi metterò
Poi prenderò
Quella tua fotografia

La stringerò
Come stringo te
Ma perché
Il mio cuore non si arrende

Domani no
Non mi alzerò
Non so pensare
A un giorno senza te

Si è fatto già mattino
Sulla città
E in questo cuore
È inverno già

Domani no
Non mi alzerò
Come fa male
La libertà

O Coração Não Se Rende

O coração não se rende

Me odeie
Ria também de mim
Jogue fora
Esta minha vida

Mas sem você
O que mais tem?
Pode não me amar
Mas volta para junto de mim

Te esperarei
Enquanto eu viver
Mas por que
Este coração não desiste

E os teus jeans
Eu vestirei
Depois pegarei
Aquela sua fotografia

A apertarei
Como aperto você
Mas por que
O meu coração não desiste?

Amanhã não
Não me levantarei
Não sei pensar
Em um dia sem você

Já amanheceu
Na cidade
E neste coração
Já é inverno

Amanhã não
Não me levantarei
Como dói
A liberdade

domingo, 25 de agosto de 2013

Así Celeste

Así Celeste

Con los ojos de tu padre y su gran melancolía,
Un silencio que al atardecer descubre el color de la marea.
Tú llegarás con la luna de septiembre que verterá
Su blancura en mi interior y te amaré,
Como en los cuentos de hadas
Pasa siempre.
Te esperaré en compañía
De un millón de golondrinas por el aire,
En la tierra mía.
Descubrirás,
Que envejece y te acaricia con su baile,
Ahora amanece y el alba traerá
Cálidas luces y esperanzas.
Celeste
Y el cielo así, celeste. celeste.
Tendrás libros, juegos y zapatos
Tus brillantes amarcord.
Será tan negro como el mío tu cabello
Un instante y ya verás, tú volarás,
A una isla muy lejana de la ciudad.
Como yo lo hice también cariño mío,
Porque el sol puede olvidarse de la luna.
Te esperaré, sin escapar,
A mi regazo llegarás entre algodones.
Te escucharé, te quedarás
Mientras que las hojas cambian sus colores.
A mi ventana el otoño llegó
Un dulce aroma de castañas se funde
En un cielo así, celeste.
Un soplido de la vida, que abre todas las persianas
Y que a sonreír te invita aunque ya no quieras más.
Este viento enamorado tú también respirarás.
Tú respirarás.
Pues me sobra el coraje de esperarte un poco más
A tu llegada miraremos hacia el este
Y el cielo será, celeste. celeste.
El cielo será, celeste

Tão Celeste

Com os olhos de seu pai e sua grande melancolia
Um silêncio que ao entardecer descobre a cor da maré
Você chegará com a lua de setembro que derramará
Sua brancura no meu ser e te amarei,
Como nos contos de fadas
Pra sempre
Vou te esperar na companhia
De um milhão de andorinhas pelo céu
Na minha terra
Você vai descubrir
Que envelhece e te acaricia com sua dança
Agora amanhece e a alvorada trairá
Quentes luzes e esperanças
Celeste
E o céu é tão, celeste. Celeste
Você terá livros, jogos e sapatos
Seus brilhantes "amarcord"
Será tão preto como os meus o teus cabelos
Num instante e já vais ver, você vai voltar,
Para uma ilha bem longínqua da cidade
Como eu fiz também meu amor
Porque o sol pode se esquecer da lua
Vou te esperar, sem escapar
Pro meu colo você chegará entre algodões
Vou te ouvir, você vai ficar
Enquanto as folhas mudam suas cores
Na minha janela o outono chegou
Um doce aroma de castanhas se funde
Nun céu tão celeste
Um sopro da vida, que abre todas as cortinas
E a sorrir te convida mesmo não querendo mais
Este vento apaixonado você também vai respirar
Você vai respirar
Pois me sobra a coragem de te esperar um pouco mais
Na sua chegada olharemos pro leste
E o céu será, celeste. Celeste
O céu será, celeste

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Take Me - DJ Tiesto


Waiting for the light to change from red
Thinking over all the things you said to me, you said to me
All your dreams are dying in the sun
Pretty soon there'll be nowhere left to run away, to run away
Packed your bags to leave by the morning
Destination far off and foreign
It's never or now
Baby won't you take me
Baby won't you take me with you, with you
Baby won't you take me
Baby won't you take me with you, with you
Cause I don't wanna be alone tonight
I don't wanna be alone tonight
Baby won't you take me
Baby won't you take me with you, with you
Counting up the reasons I should stay
Not enough to wait another day to go, it's time to go
Memories of a life I leave behind
Take a souvenir to remind me of, the ones I love
Feel my heart it beats like a stopwatch
Running out of time with each tick tock
It's never or now
Baby won't you take me
Baby won't you take me with you, with you
Baby won't you take me
Baby won't you take me with you, with you
Cause I don't wanna be alone tonight
No I don't wanna be alone tonight
Baby won't you take me
Baby won't you take me with you, with you
Let's go far away
Let's go far away
Away from here
Somewhere there's no cars
We can see the stars
And the skies are clear
Baby won't you take me
Baby won't you take me with you, with you
Baby won't you take me
Baby won't you take me with you, with you
Cause I don't wanna be alone tonight
No I don't wanna be alone tonight
Baby won't you take me
Baby won't you take me with you, with you

Titanium (Feat. Sia) - David Guetta


You shout it loud
But I can't hear a word you say
I'm talking loud not saying much
I'm criticized but all your bullets ricochet
You shoot me down, but I get up
I'm bulletproof, nothing to lose
Fire away, fire away
Ricochet, you take your aim
Fire away, fire away
You shoot me down but I won't fall
I am titanium
You shoot me down but I won't fall
I am titanium
Cut me down
But it's you who'd have further to fall
Ghost town, haunted love
Raise your voice, sticks and stones may break my bones
I'm talking loud not saying much
I'm bulletproof nothing to lose
Fire way, fire away
Ricochet, you take your aim
Fire away, fire away
You shoot me down but I won't fall
I am titanium
You shoot me down but I won't fall
I am titanium
I am titanium
Stone-hard, machine gun
Firing at the ones who run
Stone-hard, that bulletproof glass
You shoot me down but I won't fall
I am titanium
You shoot me down but I won't fall
I am titanium
You shoot me down but I won't fall
I am titanium
You shoot me down but I won't fall
I am titanium

Locked Out Of Heaven - Bruno Mars


One, two, one, two, three
Oh yeah yeah
Oh yeah yeah yeah yeah
(Ooh!)
Oh yeah yeah
Oh yeah yeah yeah yeah
(Ooh!)
Never had much faith in love or miracles
(Ooh!)
Never wanna put my heart on the line
(Ooh!)
But swimming in your world is something spiritual
(Ooh!)
I'm born again every time you spend the night
(Ooh!)
Cause your sex takes me to paradise
Yeah your sex takes me to paradise
And it shows, yeah, yeah, yeah
Cause you make me feel like
I've been locked out of heaven
For too long
For too long
Yeah you make me feel like
I've been locked out of heaven
For too long
For too long
Oh yeah yeah yeah yeah
(Ooh!)
Oh yeah yeah
Oh yeah yeah yeah yeah
(Ooh!)
You bring me to my knees
You make me testify
(Ooh!)
You can make a sinner change his ways
(Ooh!)
Open up your gates cause I can't wait to see the light
(Ooh!)
And right there is where I wanna stay
(Ooh!)
Cause your sex takes me to paradise
Yeah your sex takes me to paradise
And it shows, yeah, yeah, yeah, yeah
Cause you make me feel like
I've been locked out of heaven
For too long
For too long
Yeah you make me feel like
I've been locked out of heaven
For too long
For too long
Oh oh oh oh, yeah, yeah, yeah
Can I just stay here?
Spend the rest of my days here
Oh oh oh oh, yeah, yeah, yeah
Can I just stay here
Spend the rest of my days here
Cause you make me feel like
I've been locked out of heaven
For too long
For too long
Yeah you make me feel like
I've been locked out of heaven
For too long
For too long
Oh yeah yeah yeah yeah
(Ooh!)
Oh yeah yeah
Oh yeah yeah yeah yeah
(Ooh!)

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Impossível - Biquini Cavadão


Tudo bem
Quando termina bem
Os seus olhos
E os seus olhos
Não estão rasos d'água
Mas eu sei que no coração
Ficaram muitas palavras
Um vocabulário inteiro
De ilusão...
Tudo que viceja
Também pode agonizar
E perder seu brilho
Em poucas semanas
E não podemos evitar
Que a vida trabalhe
Com o seu relógio invisível
Tirando o tempo de tudo
Que é perecível...
Oh, oh, oh!
É impossível, é impossível
Esquecer você
É impossível
Esquecer o que vivi
É impossível
Esquecer, o que senti...
Tudo que morre
Fica vivo na lembrança
Como é difícil viver
Carregando um cemitério na cabeça
Mas antes que eu me esqueça
Antes que tudo se acabe
Eu preciso
Eu preciso, dizer a verdade...
É impossível, é impossível
Esquecer você
É impossível
Esquecer o que vivi
É impossível
Esquecer, o que senti...
É impossível...
É impossível, é impossível
Esquecer você
É impossível
Esquecer o que vivi
É impossível
Esquecer, o que senti...
Tudo que morre
Fica vivo na lembrança
Como é difícil viver
Carregando um cemitério na cabeça
Mas antes que eu me esqueça
Antes que eu me esqueça
Antes que tudo se acabe
Eu preciso
Eu preciso, dizer a verdade...
Oh, Oh!
É impossível, é impossível
Esquecer você
É impossível
Esquecer o que vivi
É impossível
Esquecer, o que senti...
É impossível...
É impossível, é impossível
Esquecer você
É impossível
Esquecer o que vivi
É impossível
Esquecer, o que senti...
Lá lá lá lá lá lá lá....

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