Nessa estrada que vai à montanha
Há uma casa pequena
Onde um dia eu hei-de ir morar
Encanta e vale a pena
Ver a montanha serena contra o azul profundo do mar
É lá,
É lá que eu vou sentir o vento
E posso provar a tempo todos os frutos de cada estação
Nessa estrada que vai à montanha,
Lá na casa branca,
Já deixei o meu coração
- Ai é, Ai é,
- Pois é, eu também quero ir nessa estrada, qual é?
- Ai é, Ai é,
- Pois é, eu também quero ir aí!
O Labirinto Parado (Madredeus)
Perdi-me num labirinto de saudade
Senti
À montanha
Dos sítios que não mudam
Subi
E ao abismo
Do vertiginoso futuro
Desci
Procurei para o sol
Procurei para o mar
Mas sem ti
No céu da paisagem daqui
Afinal não saí
Mas sem ti
No céu da paisagem
Perdi
A noção da viagem
Na pedra já mais que branda da memória,
Escrevi
Com o tempo
que o musgo vai levando a crescer
Com o brilho que a esperança nos faz
no olhar
Escrevi
Que a saudade é prima afastada do vagar
Mas sem ti
No céu da paisagem
Perdi
A noção da viagem
Mas sem ti
No céu da paisagem
Daqui
Afinal não saí
Mas sem ti
No céu da paisagem
Perdi
A noção da viagem
Sexo verbal, não faz meu estilo
Palavras são erros, e os erros são seus
Não quero lembrar, que eu erro também
Um dia pretendo, tentar descobrir
Porque é mais forte, quem sabe mentir
Não quero lembrar, que eu minto também
Eu Sei, Eu Sei.
Fecha a porta, do seu quarto
Porque se toca o telefone, pode ser alguém
Com quem você quer falar, por hora e horas e horas
A noite acabou
Talvez tenhamos que fugir, sem você
Mas não, não vá agora, quero honras e promessas
Lembranças e histórias
Somos pássaro novo, longe do ninho
Eu Sei, Eu Sei.
Estudou no Seminário do Crato e concluiu o primeiro grau (ensino fundamental) no Colégio José Waldo Ribeiro Ramos, em Fortaleza. Cursou o segundo grau no tradicional Liceu do Ceará. Aos 26 anos, graduou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia do Ceará, em 1975, e em Pedagogia pela UECE, em 1981. Especializou-se em Teoria da Linguagem pela Unifor.
Mestre em Literatura pela Universidade Federal do Ceará, Batista de Lima teve sua dissertação sobre Moreira Campos - A escritura da ordem e da desordem publicada pela Secult em 1993.
O trabalho sobre o maior contista cearense, representa hoje excelente
fonte de pesquisas sobre o célebre condutor do "fusquinha verde
metálico". O então mestrando teve o privilégio de contar com a presença
do autor e sua esposa, D. Zezé, em sua defesa.
Ensino
É professor comprometido com a formação de seus alunos. Leciona na
Uece e Unifor, já tendo ensinado nos colégios Casimiro de Abreu, Brasil,
General Osório, Júlia Giffoni e Colégio Militar de Fortaleza.
Leciona a disciplina de Literatura Cearense na Universidade Estadual do Ceará - UECE.
Obras
Miranças, 1977
Os Viventes da Serra Negra, 1981
Engenho, 1984
Os Vazios Repletos, 1993
Moreira Campos - A escritura da Ordem e da Desordem, 1993
Janeiro da Encarnação, 1995
O Pescador de Tabocal, 1997
A Literatura Cearense e a Cultura das Antologias, 1999
O Fio e A Meada: ensaios de Literatura Cearense, 2000
Janeiro É um Mês que não Sossega, 2002
O Sol de Cada Coisa, 2008
Trecho de O Pescador de Tabocal
"O bom pescador pesca peixes e histórias do fundo das águas. O bom pescador cria as águas e as povoa de peixes e histórias"
Trecho de Engenho
"E se a vida é um açude / do encher ao secar / tu és um
sangradouro / de abril a maio / um engenho em moagem / alma roupa de
viagem / e não há seca que te vença / nem teu costume / de empurrar a
sorte de vida afora / pendurando a dor / no cabide da precisão maior"
Prêmios
1978
Professor Corujão, Direção do Colégio General Osório.
1981
2° colocado no 1° Concurso de Poesia de Araraquara,.
Concurso para o cargo de professor auxiliar, no setor de estudos de Literatura Brasileira, Departamento de Letras Vernáculas da Universidade Federal do Ceará.
Professor Modelo, Secretaria de Educação do Ceará.
1985
Menção Honrosa no Prêmio Estado do Ceará, no gênero poesia, Estado do Ceará
Cargo de 2° Secretariado, membro efetivo da Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro.
1988
Membro efetivo da Academia Cearense da Língua Portuguesa, ocupando a cadeira 31, Academia Cearense da Língua Portuguesa.
1989
Menção Honrosa no Prêmio Estado do Ceará, no gênero Ensaio e Estudo Literário
1994
Integrante da Comissão de Seleção da Área de Literatura do Projeto Cumplicidades, Fundação Joaquim Nabuco / Recife.
1997
Paraninfo da turma de concludentes de Letras, Universidade Estadual do Ceará (UECE)
1998
Medalha Boticário Ferreira, outorgada pela Câmara Municipal de Fortaleza
1999
Membro efetivo do Grupo de Cultura e Identidade que elaborou o Plano Estratégico da Região Metropolitana de Fortaleza
Membro da Comissão Elaboradora do Projeto de Regimento do Instituto Superior de Cultura e Arte da UECE/ISCA
2001
Prêmio Osmundo Pontes de Literatura, Academia Cearense de Letras.
Pouco adiantou
Acender cigarro
Falar palavrão
Perder a razão
Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém
Mas sou como os outros
Que não são ninguém
Acho que eu fico mesmo diferente
Quando eu falo tudo o que penso realmente
Mostro a todo mundo que eu não sei quem sou
Eu uso as palavras de um perdedor
As brigas que ganhei
Nem um troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei
As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci
Pouco adiantou
Acender cigarro
Falar palavrão
Perder a razão
Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém
Mas sou como os outros
Que não são ninguém
Acho que eu fico mesmo diferente
Quando eu falo tudo o que penso realmente
Mostro a todo mundo que eu não sei quem sou
Eu uso as palavras de um perdedor
As brigas que ganhei
Nem um troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei
As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci
As brigas que ganhei
Nem um troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei
As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci
Nome Popular: Esqueleto, corriola, campainha, boa-tarde, campainha-vermelha, cardeal, cipó-esqueleto, prímula. O esqueleto é uma trepadeira delicada e anual originária da
América Central e América do Sul. Chama atenção pelo vernelho vivo de
suas flores. As folhas são bem diferentes de outras ipoméias. Elas
apresentam a forma de pena, são verde-claras e profundamente lobadas com
segmentos afilados.
O caule é herbáceo, volúvel, ascendente e ramificado. As flores são
pequenas, tubulares, com abertura em forma de estrela de cinco pontas e
coloração vermelho escarlate.
A floração ocorre no verão e outono. Ocorrem ainda variedades de flores rosas e brancas, raras em cultivo.
É ótima para estruturas leves, como treliças, grades, arcos e pode
ter usos provisórios já que é anual. Seu porte é pequeno, e durante seu
ciclo ela pode atingir até 6 metros de comprimento. É uma espécie muito
rústica e fácil de cultivar, apropriada para jardineiros iniciantes.
Devido a sua facilidade de propagação, a trepadeira esqueleto é
considerada planta daninha em algumas situações.
Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil,
drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente.
Aprecia o clima subtropical, florescendo mais abundantemente. Não tolera
geadas. Tolera a estiagem, desde que não seja muito prolongada.
Multiplica-se facilmente por sementes plantadas no início da primavera.
As sementes germinam em cerca de 4 dias.
Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias
Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito
(Refrão)
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio
Quando eu me encontrava preso
Na cela de uma cadeia
Foi que vi pela primeira vez
As tais fotografias
Em que apareces inteira
Porém lá não estavas nua
E sim coberta de nuvens...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...
Ninguém supõe a morena
Dentro da estrela azulada
Na vertigem do cinema
Mando um abraço prá ti
Pequenina como se eu fosse
O saudoso poeta
E fosses a Paraíba...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...
Eu estou apaixonado
Por uma menina terra
Signo de elemento terra
Do mar se diz terra à vista
Terra para o pé firmeza
Terra para a mão carícia
Outros astros lhe são guia...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...
Eu sou um leão de fogo
Sem ti me consumiria
A mim mesmo eternamente
E de nada valeria
Acontecer de eu ser gente
E gente é outra alegria
Diferente das estrelas...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...
De onde nem tempo, nem espaço
Que a força mãe dê coragem
Prá gente te dar carinho
Durante toda a viagem
Que realizas do nada
Através do qual carregas
O nome da tua carne...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...
Na sacada dos sobrados
Da velha são Salvador
Há lembranças de donzelas
Do tempo do Imperador
Tudo, tudo na Bahia
Faz a gente querer bem
A Bahia tem um jeito...
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra!
Olho para o céu
Tantas estrelas dizendo da imensidão
Do universo em nós
A força desse amor
Nos invadiu...
Com ela veio a paz, toda beleza de sentir
Que para sempre uma estrela vai dizer
Simplesmente amo você...
Meu amor..
Vou lhe dizer
Quero você
Com a alegria de um pássaro
Em busca de outro verão
Na noite do sertão
Meu coração só quer bater por ti
Eu me coloco em tuas mãos
Para sentir todo o carinho que sonhei
Nós somos rainha e rei
Na noite do sertão
Meu coração só quer bater por ti
Eu me coloco em tuas mãos
Para sentir todo o carinho que sonhei
Nós somos rainha e rei
Olho para o céu
Tantas estrelas dizendo da imensidão
Do universo em nós
A força desse amor nos invadiu...
Então...
Veio a certeza de amar você...
Fonte de mel
Nos olhos de gueixa
Kabuki, máscara
Choque entre o azul
E o cacho de acácias
Luz das acácias
Você é mãe do sol
A sua coisa é toda tão certa
Beleza esperta
Você me deixa a rua deserta
Quando atravessa
E não olha pra trás
Linda
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz
Você é linda
Mais que demais
Vocé é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
Você é forte
Dentes e músculos
Peitos e lábios
Você é forte
Letras e músicas
Todas as músicas
Que ainda hei de ouvir
No Abaeté
Areias e estrelas
Não são mais belas
Do que você
Mulher das estrelas
Mina de estrelas
Diga o que você quer
Você é linda
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz
Você é linda
Mais que demais
Você é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
Gosto de ver
Você no seu ritmo
Dona do carnaval
Gosto de ter
Sentir seu estilo
Ir no seu íntimo
Nunca me faça mal
Linda
Mais que demais
Você é linda sim
Onda do mar do amor
Que bateu em mim
Você é linda
E sabe viver
Você me faz feliz
Esta canção é só pra dizer
E diz